5 de maio de 2007

Pedaços do Titanic são transformados em relógios de luxo.


BASILÉIA, Suíça - Pedaços de aço e carvão do transatlântico Titanic foram transformados em uma nova linha de relógios de pulso de luxo que afirmam "captar a essência" do lendário que afundou em 1912.
A fabricante de relógios de Genebra Romain Jerome descreve sua coleção Titanic-DNA como estando entre as peças mais exclusivas expostas esta semana na Baselworld, a maior feira anual da indústria de relógios e joalheria.
"É algo muito luxuoso e inacessível", disse Yvan Arpa, executivo-chefe da empresa, que espera que os relógios de edição limitada atraiam colecionadores e compradores de artigos de luxo.
"Muitas pessoas ricas compram relógios incrivelmente complexos sem compreender seu funcionamento, apenas porque querem ter uma história para contar", disse ele. "Estamos oferecendo uma história para elas."
O local do naufrágio do Titanic, que chocou-se com um iceberg e afundou no Atlântico norte, em sua primeira viagem do porto inglês de Southampton para Nova York, é protegido há mais de uma década, mas muitos destroços foram levados nas primeiras expedições de mergulho no local.
A Romain Jerome disse que comprou um pedaço de 1,5 quilo da quilha do navio recuperado em 1911. O metal foi certificado como autêntico pela empresa que construiu o Titanic, a Harland & Wolff.


´Renascimento´
Para produzir os relógios, que foram postos à venda pela primeira vez em Basiléia por um preço entre US$ 7,8 mil e US$ 173,1 mil, a empresa suíça criou uma liga usando o material do Titanic e aço empregado pela Harland & Wolff na criação de uma réplica do Titanic.
Feitos de ouro, platina e aço, os relógios têm mostradores pretos de laca feitos com carvão recuperado do local do naufrágio do Titanic.
Arpa disse que a combinação de materiais velhos e novos confere aos relógios um senso de renovação, em lugar de representar um lembrete dos 1,5 mil passageiros que se afogaram no naufrágio.
"É uma mensagem de esperança, de renascimento, de que a vida é mais forte que a morte", disse ele em entrevista no estande da Romaine Jerome na feira em Basiléia, onde mais de 2,1 mil fabricantes estão expondo seus produtos.
A empresa vai produzir 2.012 relógios para coincidir com o centenário do naufrágio do Titanic, em 2012. Arpa disse que no próximo ano a Romaine Jerome vai lançar uma nova série comemorando outra lenda famosa, mas não revelou qual será.
O naufrágio do navio ficou tão famoso que foi tema de um filme, Titanic (1997). Dirigido por James Cameron e estrelado por Kate Winslet e Leonardo DiCaprio, o longa é considerado até hoje a maior bilheteira da história, com US$ 1,8 bilhão de faturamento.

Lista dos Passageiros.


95 anos após o acontecimento que arrastou consigo mais de 1500 passageiros e tripulantes, foi publicada na Internet a lista.
Este documento divide-se em duas partes, a primeira com os passageiros que embarcaram em Southampton (Inglaterra) e a outra com os passageiros que iniciaram a sua viagem em Queentown (Irlanda) no dia seguinte.
O documento, de 34 páginas, encontrava-se guardado em um cofre nos Arquivos Nacionais de Kwe (Londres). Esta lista relata também histórias de alguns passageiros que conseguiram sobreviver à tragédia do Titanic, batizado como o “inafundável”.
Bastam entrar em www.findmypast.com. Durante uma semana, as dezenas e dezenas de páginas manuscritas podem ser consultadas gratuitamente.

Tragédia prenunciou fim de Era Belle Époque.


O naufrágio marcou inicio do desencanto com ciência e valores do início do século. Nelson Rodrigues escreveu que uma morte não acontece de repente: ela é anunciada aos poucos e se pode perceber a sua chegada. A Belle Époque, a civilização que viveu uma grande paixão com a ciência, o luxo e os valores cavalheirescos, chegou ao fim no inicio da Primeira Guerra Mundial, mas sua morte foi prenunciada na madrugada de 15 de Abril de 1.912 quando o R.M.S. Titanic afundou no Atlântico Norte, perto de Terra Nova, Canadá. No desastre morreram não apenas mais de 1.500 pessoas das mais de 2.200 que estavam a bordo, mas as crenças num mundo elegante de virtudes anglo-saxônicas, em que a modernidade garantiria a felicidade a todos. Que tivessem dinheiro, é claro.

J. Bruce Ismay.


Este é o senhor J. Bruce Ismay, um dos proprietarios da White Star Line, Ismay deu um grande exemplo de covardia deixando o seu navio num dos botes salva-vidas.Viajante de primeira e luxuosa classe, quando notou que o número de botes salva-vidas, eram insuficientes para todos a bordo, Ismay encontrou o seu lugar, no bote desmontável C que foi abaixando com 32 pessoas, sendo este o último bote á estibordo a ser descido, á 1:40 da manhã. Depois de se salva, Ismay virou as costas para o inevitavel ou seja para o seu navio ( no filme de Cameron, podemos ver Ismay de costas para o Titanic durante o naufragio ), a imprensa america condenou Ismay como um covarde oportunista, uma acusação que o perseguiu até sua morte, em 1937.

Botes salva-vidas.



Foto dos botes salva-vidas do Titanic.

Lembranças.


Em muitos lugares a lembrança do Titanic ainda perdura. Em Halifax estão enterradas centenas de vitimas do naufrágio. Em Southampton, local de onde o Titanic partiu, existe um parque em memória das vitimas. Em Staffordshilre, a esposa do capitão, Helen Melville Smith, mandou erguer um monumento ao seu bravo marido e tripulantes. Em Nova York, ponto de parada para nove entre dez turistas, incluindo uma legião de brasileiros, a loja de departamentos Macys guarda uma curiosidade de que poucos visitantes tomam conhecimento. Em sua entrada principal, na Rua 34, há uma placa de bronze com o rosto de Isador Strauss e de sua mulher, Ida Strauss. Trata-se de uma homenagem ao casal, que afundou com o Titanic em 1912. Isador é sócio-fundador da magazine que anuncia ser a maior loja do mundo. São eles que, aparecem deitados numa cama, que se comprimentam um contra o outro, fecham os olhos e esperam a água gelada matá-los na superprodução de James Cameron. Foi uma pequena liberdade histórica tomada por Cameron. Isador não morreu em sua cabine da primeira classe do Titanic. Ele estava no deck com Ida, mas recusou-se a ocupar um dos lugares do bote salva-vidas por considerar-se velho demais. Sua mulher Ida Strauss também recusou a ajuda do bote salva-vidas. Mais que qualquer outra cidade do mundo, Nova York é um centro de homenagens a céu aberto ao Titanic. Até hoje, cinemas e um teatro da Broadway mostram, em letras colossais, o nome da tragédia, mas em locais tão diversos como o Battery Park, na ponte de Manhattan, e a Rua 91 com a 5ª Avenida, homenagens mais importantes seguem camufladas, longe da atenção do público, há décadas. Em 1915, um monumento no Battery Park foi erguido em homenagem aos telegrafistas do transatlântico. O nome de Jack Phillips, o primeiro a passar um sinal de SOS com o então novíssimo sistema Marconi, está grafado entre outras vítimas, uma homenagem da Fraternidade dos Operadores Sem Cabo. Perto do museu Metropolitan, há uma escultura do inglês sir George James Frampton em homenagem ao jornalista William T. Stead, conhecido por sua cruzada contra a corrupção oficial. Stead viajava para uma conferência em Nova York e sua última ação no Titanic foi acomodar mulheres e crianças nos botes salva-vidas. O ponto de desembarque dos passageiros do Titanic em Nova York era o pier 59, altura da Rua 20, em Chelsea. Hoje, nesse antigo bairro barra- pesada, funciona uma das maiores academias de ginástica e o complexo esportivo da cidade, o Chelsea Piers. Em 18 de abril de 1912, o navio que ali atracou foi o Carphatia, trazendo os passageiros resgatados. Repórteres, antes destacados para cobrir a chegada do maior navio do mundo, estavam desesperados com o desembarque dos sobreviventes. Os milionários acabaram indo para um dos quartos do cinco-estrelas Waldorf-Astoria, outros foram acomodados num hotel de pescadores próximo, hoje o Hotel Riverview, e os mais desafortunados foram transferidos para os leitos dos hospitais St. Vincent e St. Luke. O lugar de protestar era o número 9 da Broadway, onde funcionava a central de escritórios da White Line Star, empresa proprietária do Titanic. Foi a esse endereço que a mulher do milionário Benjamim Guggenheim se dirigiu em busca de informações nada animadoras. Benjamim, diferentemente do que muitos pensam, não fundou o museu Guggenheim, trabalho de seu irmão, o empresário e filantropo Salomon Guggenheim. Essas são apenas algumas homenagens as vitimas do naufrágio do Titanic. Na foto, uma placa construída por Titanic historical society em memória ao Titanic (1986

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