10 de junho de 2007

Falha estrutural condenou Titanic antes do iceberg, diz jornal.


LONDRES - O transatlântico Titanic, que afundou em 1912, estava fadado ao desastre mesmo que não tivesse se chocado com um iceberg por ter problemas estruturais, sugeriu pesquisa noticiada na edição deste domingo do jornal britânico "The Sunday Telegraph".
Os pesquisadores analisaram segmentos antes desconhecidos da quilha, peça na parte inferior do navio que se estende da popa à proa, e concluíram também que ela apresentava defeitos que reduziram o tempo em que a embarcação flutuou depois de atingir o iceberg.
O jornal diz que a versão mais aceita para o desastre com o Titanic é de que ele afundou com o peso da água que entrou no navio depois do choque com o gelo. O grande volume de líquido forçou a popa do navio, que se inclinou em um ângulo de 45 graus. Com isso, o Titanic se partiu em dois e afundou.
Esta versão é sustentada no filme Titanic, de 1997, estrelado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet.
Mas a nova pesquisa, realizada pelo History Channel e Lone Wolf Documentary Group, uma empresa de cinema americana, sugere que o Titanic se partiu ao meio ao se inclinar em um ângulo de apenas dez graus - uma medida que poderia ter sido atingida em qualquer tempestade mais forte, não envolvendo necessariamente um evento incomum como o choque contra o iceberg, disse a reportagem do "Sunday Telegraph".
O ângulo foi calculado a partir de análise de imagens filmadas por um tipo de submarino enviado há dois anos em uma expedição para onde se encontram os destroços do Titanic.
Partes de junções que deveriam permitir alguma flexibilidade ao casco em caso de o navio enfrentar mar revolto também se mostraram mal projetadas, o que pode ter contribuído para a ruptura do navio em um ângulo tão raso, concluíram os pesquisadores, segundo o jornal britânico.
O Titanic deixou o porto de Southampton, na Grã-Bretanha, com pouco mais de 2 mil pessoas a bordo. Cerca de 1,5 mil pessoas morreram no naufrágio.

Cemitérios entram para roteiros turísticos nos EUA.


Jantar de primeira classe, com mordomos servindo aperitivos e a melodia do "Danúbio Azul" ao fundo. A recriação dos nove pratos do último jantar a bordo de um malfadado navio foi o clímax do dia do Titanic realizado no cemitério histórico Laurel Hill, um entre tantos outros cemitérios que estão revitalizando a própria marca para se tornarem uma necrópole turística nos finais de semana.

Desesperados por dinheiro para pagar restaurações extremamente urgentes, os cemitérios históricos chamam a atenção do público das maneiras mais inusitadas possíveis, com desfiles de cães, palestras sobre observação de aves, shows de jazz aos domingos, brunches com chefs de renome, festas de Halloween com lanternas no crematório e até um calendário com nus. O Laurel Hill, onde descansam seis vítimas do Titanic, se promove como um "museu underground". O jantar do Titanic, com vendas esgotadas, incluindo um tour por imponentes mausoléus, acompanhava as famosas visitas pelos "Dead White Republicans" ou Republicanos Brancos Mortos ("os mediadores do poder da cidade, em toda a sua glória e em toda a sua vergonha"), o tour "Observando os Pássaros Entre os Mortos" e "Pecadores, Escândalos e Suicídios", uma visita ao túmulo de "um gângster do sul da Filadélfia que foi morto quando tentava se infiltrar na loteria ilegal de Schuylkill County". Como os americanos optam em massa pela cremação, os cemitérios vitorianos como o Laurel Hill e o Green-Wood, no Brooklyn, se reposicionam para garantir a própria vida após a morte. Depósitos de tesouros da arquitetura e escultura, como vitrais e donzelas de mármore em prantos sobre as sepulturas, os cemitérios se vêem obrigados a lidar com escassez de doações, anos de vandalismo e negligência, falta de espaço para novos túmulos e uma sociedade que, até pouco tempo, só queria distância de seus caminhos sinuosos.


Embora as circunstâncias de cada um sejam distintas – o Green-Wood no Brooklyn, que recentemente recebeu o status de patrimônio histórico nacional, ainda tem espaço para o equivalente a dois anos de sepultamentos, enquanto o Laurel Hill está praticamente lotado – ambos têm em comum uma quantidade gigantesca de túmulos necessitando de reparos. O Woodlawn, no Bronx, local de descanso eterno dos Whitneys, um Woolworth, Jay Gould e personalidades do jazz como Duke Ellington e Lionel Hampton, possui 95 mil sepulturas. Apenas 9 mil contam com doações, disse Susan Olsen, diretora do Amigos do Woodlawn. "Você é responsável pela manutenção do local", disse Olsen. "Não é possível mandar alguém subir ali com um frasco de limpa-vidros para lustrar um vitral". O novo turismo pelo cemitério – uma versão subterrânea do History Channel – é também uma maneira de aumentar a lealdade à marca no encalço de uma "reduzida base de clientes", como definiu Joseph Dispenza, presidente do cemitério histórico Forest Lawn, em Buffalo. O Chapel of the Chimes, em Oakland, Califórnia, um columbário projetado por Julia Morgan, arquiteta do San Simeon, há pouco tempo inaugurou os shows "Jazz at the Chimes" para atrair apaixonados por cultura que podem se tornar potenciais clientes. Alguns cemitérios apostam na combinação de entretenimento e informação. No "Heritage Day" no último final de semana no Congressional Cemetery de 200 anos, em Washington, uma banda com 70 integrantes homenageou o túmulo de John Philip Sousa, e donos de cães organizaram um desfile com seus animaizinhos vestidos como personagens históricas do cemitério, incluindo um soldado da guerra civil americana. Dez anos atrás, cachorros de rua e prostitutas tomavam conta do cemitério mais antigo da cidade, que possui monumentos projetados por Benjamin Henry Latrobe, responsável pelo projeto do Capitólio. Em seguida, a associação de preservação começou a atrair os donos de cães. Hoje, o cemitério de 130 mil m² serve como parque histórico para os cachorros onde eles podem correr pelos campos elíseos, livres para a integração com as lápides. Os donos pagam US$ 125 por ano pelo privilégio, mais US$ 40 por cachorro – uma política que até o momento já arrecadou US$ 80 mil. Em muitos aspectos, é um regresso aos velhos tempos, quando os cemitérios campestres da época como o Green-Wood e o Mount Auburn em Cambridge, Mass. (1831), disputavam com as Cataratas do Niágara o posto de destino turístico romântico. Esses "jardins das sepulturas" eram cenários silvestres de picnics de domingo e foram os precursores do Central Park e outros excelentes espaços públicos. Assim como muitos cemitérios clássicos, o Laurel Hill passou por muitos anos de decadência em um bairro urbano em dificuldades, enquanto potenciais clientes se amontoavam nos subúrbios. Embora o cemitério possua uma verba de doações de US$ 17 milhões, a maioria dessa quantia está destinada a túmulos de família específicos e o local sofre angustiadamente com a escassez da verba necessária para manutenção. "Após 170 anos, as pessoas perdem a conexão" com seus entes queridos, disse Ross L. Mitchell, diretor do local. Com apenas 1% dos seus 300 mil m² disponível para novos túmulos, funcionários do cemitério estão pensando em maneiras criativas de tirar proveito de suas peculiaridades. O tour Titanic foi idéia de J. Joseph Edgette, professor da vizinha Widener University, que faz a trilha dos túmulos das vítimas do Titanic – para os quais ele deverá atribuir coordenadas de posicionamento global – e planeja documentar todas os 2.200. "Estamos dando uma nova cara ao local transformando-o em um ponto histórico de visitação turística", declarou Mitchell. Para Jason Crabtree, programador de 33 anos, e sua esposa, Melissa, 29, esse célebre local campestre de descanso, fundado em 1836, oferece "uma amostra de humanidade que não se vê normalmente", disse Crabtree, explicando a preferência do casal pelas visitas ao cemitério nos finais de semana. Em um brunch em meio aos narcisos no mês passado no Oakwood Cemetery em Troy, N.Y., chefs de cozinha preparando omeletes batiam os ovos entre as paredes de mármore de Siena e os cristais do Gardner Earl Memorial Chapel and Crematorium. O cemitério de 1848 tem espaço para o equivalente aos próximos 200 anos de enterros e um déficit operacional anual de mais de US$ 100 mil, segundo Theresa Page, presidente do conselho de curadores. Seus problemas de conservação são urgentes: voluntários estão aparando galhos que, com o tempo, acabaram escondendo cerca de 10 mil sepulturas. O túmulo de Samuel Wilson, inspirador do "Tio Sam", símbolo nacional americano, está inacessível há anos, depois que canos de água de 125 anos romperam sob as vias. O cemitério solicitou US$ 1,7 milhão ao Congresso para a reforma. Para promover seu perfil e levantar verbas, o Oakwood organizará um evento da Renascença daqui a alguns meses, com duelos entre cavaleiros em armaduras brilhantes. A inspiração veio de um casamento em estilo medieval realizado ali, para o qual o noivo preparou a própria vestimenta. "Queremos que eles pensem, 'Nossa, acho que quero passar minha eternidade aqui'", disse Page sobre as tentativas de atrair visitantes. "É uma maneira de dizer, 'Adoraríamos se vocês ficassem conosco pra sempre'".

Filme que reúne casal de Titanic começa a ser rodado em NY.



O novo filme do diretor Sam Mendes, Revolutionary Road, que reúne a trinca de Titanic, Leonardo DiCaprio, Kate Winslet e Kathy Bates, começou a ser rodado em Nova York.
O leitor do Omelete Ramon Vitral esteve na cidade e fotografou o set instalado no prédio da Corte de NY, que costuma aparecer no episódios de Law & Order. Curiosamente, talvez para evitar tumultos, nos cartazes afixados para avisar a população da filmagem não constam o nome de DiCaprio.
Confira na galeria.
O elenco ainda tem David Harbour, Michael Shannon e Zoe Kazan. O drama é uma adaptação do livro homônimo de 1961, de autoria de Richard Yates. A obra trata da desilusão do pós-guerra, na metade dos anos 50, e acompanha um feliz casal suburbano dos EUA que, com seus dois filhos, não sabe se vai atrás de desejos verdadeiros ou se aceita a pressão do conformismo.
Mendes, marido de Winslet e diretor de Beleza americana, Estrada para a perdição e Soldado anônimo, assina o filme para a DreamWorks, a partir do roteiro adaptado de Justin Haythe. A co-produção é da BBC Films e a Paramount detém os direitos de distribuição mundiais.

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